terça-feira, 11 de novembro de 2014

Arbitragens já revoltam Marco Silva

Na sua ainda curta carreira como treinador, Marco Silva nunca criou o hábito de, mesmo quando sente que as suas equipas prejudicadas por erros de arbitragem, criticar os juízes.

Não obstante, o técnico altera o discurso quando os erros são recorrentes, algo que se tem notado nestes primeiros tempos de Sporting. Os sinais iniciais são contra a nova tendência. Frente ao FC Porto, para a Liga, e ante o Schalke 04, fala sobre arbitragens mas tenta sempre colocar água na fervura. Pede, após o clássico, que “não se comece a aplicar a lei da compensação” após as críticas de Lopetegui. Na Alemanha, diz que não consegue “controlar” a equipa liderada por Sergei Karasev mas centra logo a mira no jogo seguinte.

No domingo passado, em Alvalade, e após ter protestado durante grande parte da segunda metade do encontro ante o P. Ferreira – falou por diversas vezes com o assistente Mário Dionísio e com o 4.º árbitro André Narciso –, abordou na conferência de imprensa o facto de o leão ter marcado dois golos e terminar o encontro só com... um ponto. “Não falo, por respeito, mas começa a ser muito. Fizemos dois golos mas só um contou. O golo de Montero é limpo.”

Mostra, isto, que o treinador do Sporting tenta sempre manter um discurso coerente. Não comenta o trabalho dos árbitros porque tal como os restantes intervenientes também estes podem errar. Contudo, identifica vários erros que têm prejudicado o Sporting e que neste caso influenciam a classificação.

Caso específico com Nuno Almeida

Na já longínqua temporada de 2012/13, Marco Silva, então treinador do Estoril, tem um caso muito específico com Nuno Almeida. Lá está, mostra a tendência identificada no momento: só quando os erros se acumulam é que eleva o tom das críticas às arbitragens. A 29 de setembro, os canarinhos empatam em Alvalade a dois golos mas contestam a expulsão de Gonçalo Santos por protestos. Marco não comentou o lance mas quando o juiz da AF Algarve volta a errar, em Braga, na derrota por 3-0, o agora técnico teceu-lhe críticas mais duras.

Leonardo Jardim no mesmo tom

Tal como acontece com Marco Silva, também o seu antecessor Leonardo Jardim começou a sua época no Sporting referindo que não é seu hábito falar de arbitragem. Argumentou que normalmente os três grandes são os mais beneficiados entre todas as equipas da Liga. Ainda assim, e à medida em que a época foi avançando, o madeirense, agora no Monaco, lá foi identificando partidas onde os verdes e brancos saíram lesados por erros dos árbitros e que, no fim, quando se fazem as contas, foram influentes nos pontos amealhados.

Fonte: Record

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